Carlos de Bragança tornou-se Rei de Portugal aos 26 anos quando faleceu o seu pai, Dom Luís, em 1889.
A sua aparência e porte germânico devem-se a antepassados Saxe-Coburg. Casou com Amálie, filha do Comte de Paris, conhecida em Portugal como Rainha Dona Amélia.
Dom Carlos foi o penúltimo rei de Portugal e a monarquia constitucional que era o seu mundo desapareceria rapidamente com a sua morte.
Dom Carlos desempenhou um papel notório na reconstrução das relações internacionais de Portugal, em particular com a Grã-Bretanha através da sua amizade com Eduardo VII. Contudo, muita da sua vida foi uma luta pela estabilização do trono, combatendo políticas internas e intrigas na corte nos vários palácios em Lisboa e no resto do país.
Era querido pelo povo pela sua informalidade, liberdade de movimentos sem protecção e por ser desportista; por outro lado, muitas facções no país não apreciavam o seu estilo de vida opulento e numerosos palácios de manutenção dispendiosa.
Tinha interesses variados como patrono das artes e ciências, especialmente biologia marinha; era um artista talentoso de paisagens marítimas e cenas costeiras, muitas das quais foram pintadas na vila piscatória de Cascais com vista para o Rio Tejo.
Centenas dos seus quadros podem ser vistos ainda hoje em Vila Viçosa no Alentejo e em vários museus de Lisboa.
O rei e a rainha visitaram a Madeira em 1901 e foram recebidos na Casa Velha no dia 24 de julho. O rei subiu do Funchal a cavalo, enquanto a rainha chegou de carro de bois. Depois de um enorme banquete piquenique no relvado em frente à casa na presença de muitos membros da comunidade britânica, jogou-se uma partida de ténis. Uma fotografia da ocasião mostra Don Carlos fumando um grande charuto com uma raquete na mão a jogar ténis com membros da família Blandy.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, o Rei viajou com a sua família vindos de Vila Viçosa numa carruagem sem escolta e atravessou o Terreiro do Paço no centro de Lisboa. De repente choveram tiros sobre eles e o Rei e o Duque de Bragança foram mortos. A Rainha e Dom Manuel, o filho do casal real, sobreviveram ao ataque. A Casa de Bragança tombou dois anos mais tarde quando o jovem rei e a sua mãe abdicaram após um período muito conturbado e foram escoltados até Inglaterra onde se instalaram em Richmond, Surrey.
O 1º Conde de Carvalhal criou a Quinta do Palheiro por volta de 1801 e construiu a Casa Velha e a capela alguns anos mais tarde. Ele usou a Casa Velha, que era uma propriedade muito menor naqueles dias, como casa de campo e pavilhão de caça.
Acreditava-se que o nobre era amigo do Rei Dom João VI de Portugal e viajou para o Brasil com a sua corte durante a Guerra Peninsular (1808-1814). Isto poderia explicar como ele, posteriormente, foi dono de uma quantidade considerável de terras na Madeira e foi capaz de importar espécies de árvores de várias partes do mundo nos porões dos navios. Essas árvores podem hoje ser vistas na Casa Velha.
Durante as Guerras Miguelistas (1828-1834), ele foi forçado a deixar a Madeira porque as suas simpatias estavam fortemente do lado liberal e a ilha foi ocupada pelas tropas miguelistas.
Ele embarcou na corveta inglesa Alligator a 22 de agosto de 1828, refugiando-se na Inglaterra de onde só voltou em 1834.
Viveu no Funchal nos seus aposentos do Palácio de São Pedro onde é agora o Museu de História Natural. Tornou-se governador civil do Funchal em 1835 e morreu sem ter casado a 11 de Novembro de 1837. O título de Conde passou para o seu sobrinho, mas esse é um capítulo completamente diferente da história da Quinta do Palheiro.
É de notar que o Elucidário Madeirense nos informa que apesar da sua enorme fortuna, o 1º Conde de Carvalhal viveu sem luxo ou ostentação e fez muito para aliviar as dificuldades dos agricultores e dos mais pobres durante épocas de crise económica.
Frank Dillon era um dos membros mais jovens da grande geração de pintores topográficos britânicos que floresceu na primeira metade do século XIX.
Ele é particularmente conhecido pelas suas paisagens do Egipto. O fascínio europeu com esta parte do mundo que seguiu a campanha napoleónica de 1798 gerou um desejo pelo design e arquitetura de estilo egípcio e por paisagens do país, antigas e contemporâneas. Essa busca durou todo o século XIX.
Dillon, filho de um mercador de seda, nasceu em 1823 e entrou para a Academia Real de Londres, com a idade relativamente tardia de 26 anos.
Ele começou a viajar em 1848-1849, quando visitou Portugal e a Ilha da Madeira com a sua esposa Josephine. Colnaghi publicou um volume de litografias intitulado "Uma série de Vistas do Funchal e Redondezas" após esta visita (1850).
Esse ano também viu suas primeiras exposições, tanto na Academia Real como na Instituição Britânica e no decorrer dos próximos 50 anos ele exibiu regularmente obras suas em quase todas as grandes exposições britânicas de óleo e aquarela.
John Burden era da 3ª geração Blandy na Madeira. Ele viveu e trabalhou no Funchal e era famoso pelas suas habilidades em desenvolver o negócio de abastecimento de carvão, juntamente com as adegas de Vinho Madeira no Funchal.
Ele comprou o a Quinta do Palheiro em hasta pública em 1885 e foi muito criticado tanto por amigos como familiares por ter comprado um "elefante branco". A propriedade era remota do Funchal e já estava em estado de abandono.
Blandy não perdeu tempo em melhorar a quinta. Acrescentou novas dependências, incluindo uma serraria de turbinas e reconstruiu o reservatório no topo da propriedade. Ele iniciou o cultivo de cereais e começou a florestação. Ele e sua esposa Margarette Faber também continuaram a desenvolver os jardins.
Até a construção de estradas e o advento do transporte de veículos, os homens da família viajavam até ao Funchal para tratar de negócios na parte da manhã por carro de cesto e voltavam à noite a cavalo. As mulheres e crianças, no entanto, geralmente ficavam em casa durante o dia, exceto quando visitavam vizinhos quando iam de rede, palanquim ou a cavalo.
Com o Palheiro Golf a funcionar com sucesso e a atrair muitos visitantes à Ilha da Madeira os atuais proprietários da Quinta do Palheiro, Adam e Christina Blandy tiveram a ideia de restaurar a Casa Velha e transformá-la num hotel/estalagem de luxo.
A conversão ambiciosa começou em 1995, com Christina como designer criativa.
A Casa Velha do Palheiro foi inaugurada em 1997 e foi posteriormente ampliada em 1999 para oferecer um restaurante maior e uma ala de jardim com 10 quartos e duas suítes. O spa foi adicionado em 2009.
Em 2001, o hotel cinco estrelas Casa Velha do Palheiro tornou-se membro da prestigiada associação Relais & Châteaux.
Geral: (+351) 291 790 120
Casa Velha: (+351) 291 790 350
Village: (+351) 291 790 030
(chamada p/rede fixa nacional)
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.